MAIS UM ANO SE PASSOU, O QUE FIZEMOS PARA SERMOS RECONHECIDOS MAÇOM?

by Grão-Mestre Adjunto

MAIS UM ANO SE PASSOU, O QUE FIZEMOS PARA SERMOS RECONHECIDOS MAÇOM?

Após o transcurso de mais um ano, devemos nos perguntar o que temos feito de bom para nossa família, Irmãos, para nossa Ordem e para sociedade em geral. Gostaríamos de deixar patente que, desde o início da publicação de nossos textos, nossa preocupação sempre foi no sentido de chamar nossos Irmãos à reflexão.

Vale lembrar que, todo ser humano que busca uma vida de virtudes deve refletir sobre sua trajetória, sobretudo nós Maçons. Devemos, além dessa introspecção, termos também a retidão, coerência, perseverança, tolerância, justiça e fraternidade como princípios a serem seguidos. Ou seja, devemos procurar sempre nos aperfeiçoarmos, a fim de sermos reconhecidos como Maçom e, portanto, exemplo pleno de pessoa humana.

Contudo, não podemos nos esquecer de que não devemos exigir ou esperar qualquer atitude das pessoas, sejam elas públicas ou não, que nem mesmo nós Maçons temos ou praticamos. Portanto, antes de esperarmos o melhor de nosso próximo, primeiramente, devemos manter a coerência em nossas ações.

Dessa forma, é importante lembrar que, o alcance da evolução maçônica passa, necessariamente, pelo equilíbrio, sendo este o primeiro passo a caminho da espiritualidade. Para alguns, a palavra-chave do equilíbrio é a integração, ou seja, a necessidade constante de se integrar espírito, matéria e ações.

Assim sendo, ressaltamos que, não importa que tenhamos que passar por caminhos nunca caminhados ou pisar sobre espinhos nunca pisados, se tudo isso não for para o nosso crescimento ou pela causa maçônica, não terá sentido.

Em outras palavras, podemos dizer que, se perseverarmos e mantivermos a paciência e a tolerância, aliadas a oração ou meditação, conseguiremos o equilíbrio necessário para ascendermos em nossa trajetória maçônica, pois, como já sabemos: “Se fores perseverante sairás do abismo das trevas e verás a luz”.

Lembrando a Sócrates, ao buscar incentivo a seus discípulos quando estavam cansados, exaustos ou desanimados: “Procurai suportar com ânimo tudo aquilo que precisa ser feito em nome da paz, da virtude, do conhecimento e da perfeição”. Ou seja, devemos unir nossas forças e vontade para elevarmos nossas Lojas à altura de seus nomes e do que representam para a História da Maçonaria do Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro.

Dessa maneira, nosso dever com os nossos Irmãos e com as nossas Lojas é o de mantermos a união, agindo em prol do bem comum em detrimento das nossas vontades. Pois, na Maçonaria a divergência do nosso querer deve limitar-se, somente, ao campo das ideias e jamais ser levada para o lado pessoal. Em Maçonaria, o interesse coletivo deverá ser sempre preponderante ao pessoal.

Nessa linha de pensamento, é importante perseverarmos na trilogia maçônica da liberdade com responsabilidade, igualdade e fraternidade, a fim de que possamos manter nossa Loja harmonizada e, encontrarmos o caminho para nosso progresso no mundo Maçônico.

Por essa razão, conclamamos a todos a refletir e a despertar nossos corações para um mundo melhor. Essa reflexão que propomos, deve ocorrer a partir dos nossos atos, seja no nosso dia a dia, na família, na Loja, no trabalho, com nossos amigos ou na sociedade em geral.

Acreditamos que é nosso dever como Maçom, nos mantermos como paradigmas para nossos Irmãos, família e sociedade. Isso só será possível através da coerência em nossas atitudes, uma vez que, somente disseminando bons exemplos, conseguiremos inspirar aos outros a prática de boas ações.

O nosso sentimento é que já está passando da hora de todos nós refletirmos em busca da harmonia, bem como da nossa evolução maçônica e, assim, melhorar o que realmente precisa ser melhorado. Estamos em uma era voltada para o desenvolvimento da pessoa humana, daí a necessidade de estarmos constantemente alinhados aos princípios basilares da Maçonaria.

Concluindo, podemos dizer que, não é possível ser verdadeiramente Maçom sem a prática constante desses princípios, os quais se instituem como parâmetros para a paz e o bem da humanidade e que realmente serão concretizados quando pudermos dizer, do fundo do nosso coração: “obrei tudo o que podia obrar e meu Irmão esperava; ouvi os mestres e os sábios e quando errava temia e corrigia; aos homens bons a porta do coração sempre abria; na Loja a todos como Irmãos iguais tratava”.

AILDO VIRGINIO CAROLINO
GRÃO-MESTRE ADJUNTO

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